Você não precisa de um rótulo
Depois de um dia cheio de flertes, meu aluno beijou um rapaz. Encantado, perguntou se o dito moço era gay ou bi. A resposta foi “sou hetero”.
Depois de um dia cheio de flertes, meu aluno beijou um rapaz. Encantado, perguntou se o dito moço era gay ou bi. A resposta foi “sou hetero”.
Estou lecionando um curso de escrita criativa com temática queer na representação regional do Ministério da Cultura, que fica no bairro Santa Cecília, no centro de São Paulo. A experiência tem sido riquíssima, com textos e visões de mundo incríveis sendo lidas e ouvidas todas as semanas. Tem bixa, tem lésbica, tem galera questionando expectativas …
Pouca gente sabe, mas quando criei o Ninho de Escritores eu queria juntar um grupo de escritores LGBT. Muito do que o Ninho é já nasceu com ele por conta das necessidades que observei sobre o aprendizado da escrita criativa. É difícil encontrar um curso ou escola que se proponha a ensinar ou colaborar ao …
Não se sai do armário uma vez, mas várias. Na família, entre os amigos, no trabalho, cada relação demanda um novo exercício de rompimento (ou confirmação do rompimento) com a expectativa de heteronormatividade.
Acabei de ler sobre uma dona de restaurante que precisará pagar R$ 20 mil por repreender um casal de namorados se beijando. Em resumo, os dois rapazes se beijaram e a dona do estabelecimento interviu. Os moços sentiram-se constrangidos e acionaram a Justiça.
Como parte de uma parceria com a Editora Orgástica, recebi exemplares de alguns livros para resenhar. Tudo começou quando, numa tentativa de estabelecer networking, comprei o livro O Armário. De fato, minha tentativa de construir relações funcionou e, semanas depois, recebi em casa os livros Orgias literárias da tribo, Bem-te-vi e Ursos perversos.
Bem-te-vi, livro infanto-juvenil de Marli Porto, conta a história de Daniel, um garoto de treze anos que enfrenta discriminações na família e na escola e busca caminhos para se encontrar nesse processo. Como costuma acontecer em questões relacionadas à sexualidade, o menino localiza um fio de esperança na existência de um rapaz, por quem se …
Por causa da parceria feita com a Editora Orgástica, recebi em casa os livros já publicados. O primeiro deles, O Armário, eu já havia resenhado.
Nesse percurso de escritor lgbt zen, tenho procurado meios de estar perto de pessoas que escrevem e de empresas que publicam a partir de temáticas relacionadas à sexualidade. Um exemplo é a Editora Orgástica, à qual tive a oportunidade de conhecer melhor através do meu tímido e atrapalhado networking.
Enquanto no colégio, meu acesso a livros era bastante restrito. Os dois colégios em que estudei tinham bons materiais, mas nada que tratasse sobre homossexualidade. Como eu era criança, não sabia nada do mundo e não cruzei com ninguém que me forçasse a aprender na prática, passei um tempo grande sem saber nada.