Com a comunicação não-violenta, escolho pensar que tudo o que as pessoas fazem, elas fazem para cuidar de suas necessidades. A prática da CNV inclui, portanto, um exercício contínuo de tradução daquilo que pensamos, falamos e ouvimos.
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As duas respostas possíveis às exigências
Quando alguém nos fala algo que interpretamos como ordem ou exigência, existem duas formas com as quais tradicionalmente costumamos responder: se submeter ou se rebelar.
A CNV não é a verdade
Um amigo antropólogo questionou a ideia de que “as necessidades humanas são universais”, uma das bases do pensamento da comunicação não-violenta. De acordo com ele, grupos humanos diversos podem ter conceitos, nomes e práticas muito variadas, inclusive em termos de necessidades.
Mudar de ideia sem abrir mão de nada
A comunicação não-violenta propõe um conceito revolucionário: cuidar das necessidades de todas as pessoas sem que ninguém deva ter que abrir mão do cuidado de nenhuma de suas necessidades.
Ser não-violento dá trabalho
Comecei a investir em comunicação não-violenta porque quero participar da construção de um mundo mais próximo do que eu considero ideal para viver. Esse investimento de tempo e energia me convida continuamente a refletir sobre minhas escolhas, responsabilidades, intenções, sentimentos e leituras de mundo.
Trate as crianças como pessoas
Um garotinho de uns cinco ou oito anos chora no parque. É possível ouvir seus berros desde muito longe. Eis que a mãe se aproxima e diz qualquer coisa que não ouço, a voz uma chibatada. O menino dá um tapa na mãe. Desta vez eu ouço a resposta: “não é pra bater!”, ela grita […]
Como se aprende comunicação não-violenta
Eu penso na comunicação não-violenta como um outro idioma. Tem que aprender toda uma outra forma de pensar, de posicionar sujeito e predicado, de se relacionar com as pessoas, de traduzir pensamentos da linguagem habitual para essa da não-violência.
Os três princípios da autocompaixão
O livro Autocompaixão: pare de se torturar e deixe a insegurança para trás, de Kristen Neff, me ofereceu três princípios para modular a maneira como ajo e, principalmente, como escolho interpretar o que acontece na vida. Esses princípios dialogam com a prática da comunicação não-violenta, tornando-se parte de um referencial maior e mais coeso para a […]
Difícil é diferente de ruim
Em algum momento da vida, me ensinaram que o maior objetivo da vida é viver fácil. Dinheiro para comprar o que quisesse, casa própria pra não pensar em aluguel, emprego estável pra não se preocupar com fonte de renda, relacionamentos tranquilos e sem conflitos.
Praticar CNV não é falar manso
Duas amigas minhas se encontram e conversam sobre um tópico sensível para uma delas. “Ah, mas posso dizer tal coisa, né?”, uma diz. A outra, praticante de CNV, responde: “eu não vou gostar”. Então vem a resposta: “nossa, mas não era você a praticante de CNV?”.